Por Ayrton Mugnaini Jr., especial para o Yahoo! Brasil
Réveillon, final de campeonato, festa de São João... O ser humano é festeiro por natureza, e tudo é motivo - ou pretexto - para celebrações as mais espalhafatosas e barulhentas. Fogos de artifício podem ser bonitos e impressionantes; mas, se para muitos humanos o ruído dos fogos já incomoda, imagine para os peludos, cuja audição é bem mais sensível. Isso sem falar no medo que situações inusitadas e portentosas como foguetórios, buzinaços, obras na rua e trovoadas podem causar neles.
Quando sujeitos a fogos e trovoadas, cães costumam reagir, em maior ou menor grau, demonstrando medo de sair à rua no escuro, cavocando a terra ou os tapetes, arranhando portas e paredes, escondendo-se atrás ou debaixo de móveis, fugindo ou tentando fugir, tendo tremedeiras e salivações e até fazendo cocô e xixi onde estiverem.
Lembremos também que caninos pensam em termos associações. Por exemplo, o medo causado por fogos de artifício pode levar ao medo de pessoas manejando os fogos ou do quintal se é de lá que ele os vê e ouve com mais frequência, e o temor advindo dos trovões pode causar também medo dos relâmpagos que os antecedem.
Pois bem, aqui vai mais um de nossos guias gerais, para minimizar o susto e insegurança dos caninos frente a fogos de artifício, trovoadas e outras barulheiras - e também para evitar que a festa vire tragédia.
Vale prevenir
Mais que preparar o canino para a ocasião logo que sentir chuvão se aproximando ou pelo menos uma semana antes de Ano Novo, Copa do Mundo ou outras ocasiões de Grande Barulheira, o ideal é começar bem do começo, logo que o peludo nasce ou é admitido como novo morador.
Reserve um cantinho para ele se abrigar quando quiser, não necessariamente perto da caminha dele. (Por sinal já falamos em outro artigo sobre "bunkers" para cães medrosos.)
Na ocasião da chuva ou dita festividade, espalhe cobertores por toda a casa para ele se esconder; se ele for do tipo ativo, é bom ele ter mais de um esconderijo. Peças de roupa usadas pelo dono e não lavadas ajudam o peludo a sentir a lembrança do dono e se acalmar. Não se esqueça de calçar as portas, para que o vento, esbarrões ou algo assim não as faça se fecharem de repente e impedirem a passagem do bicho.
Não se esqueça de verificar se o portão está fechado: muitos caninos assustados com as luzes e barulho querem escapar do incômodo ou "perigo" e fogem pela primeira saída que encontram. O que não falta em abrigos são peludos que saíram pela porta da rua e acabaram "fugindo" de casa e se perdendo.
Se o peludo for de grande porte, ele pode até atravessar vidraças ou cavocar por baixo de cercas para escapar do barulho. E se ele for feroz, prenda-o na coleira para se assegurar de que ele não fugirá para a rua nem machucará alguém.
Se você quiser ir presenciar os fogos, não leve o canino, deixe-o sossegado em casa. Se for o caso, ligue o rádio, toca-CD ou televisão com programação a menos agitada possível, e em volume alto o suficiente para abafar fogos e trovões. Se o peludo precisar ficar sozinho, é bom também fechar as cortinas para evitar que a luz dos fogos ou relâmpagos invada o ambiente. E o ideal é que ele tenha esvaziando a bexiga pelo menos uma hora antes do começo da barulheira.
Acostumar o cão a tais ruídos, de preferência desde recém-nascido, também ajuda, colocando gravações de trovões, fogos e quetais para ele ouvir e ir se acostumando.
Acalmando o bicho
Já dissemos, e aqui vamos repetir, que não é bom tentar acalmar o canino com carinhos e frases do tipo "ah, tá com medinho do trovaozinho?", pois ele, associativo como ele só, pensará que ele está sendo premiado por ter medo.
Deixe- o se esconder onde quiser e, caso ele demonstre medo mas não queira fugir, dê-lhe atividades de que ele goste e que, estas sim, mereçam, prêmios quando cumpridas, como treinar comandos de obediência e brincar com bolinhas ou outros brinquedos.
Caninos que nunca tiveram medo de trovões ou rojões podem começar a ter na velhice, muitas vezes por ficarem mais sensíveis ou ranzinzas devido a reumatismos ou grandes ansiedades, como mudança de casa ou de dono.
Se o bicho demonstrar medo, indica-se a "dessensitização", da qual também já falamos, pela qual o estímulo negativo é transformado em positivo; as gravações de sons de trovões ou fogos que mencionamos serão úteis. Dar ao peludo florais de Bach pode ajudar a tranquilizar (convém, é claro, consultar o veterinário). Coletes do tipo "Thundershirt" também podem ser úteis, inclusive para as já citadas situações de ansiedade em geral.
Enfim, não podemos desligar fogos ou trovões, mas podemos minimizar seus efeitos negativos sobre os caninos. E muita gente boa que adora reclamar quando o cão late um pouco mais alto que o normal deveria se lembrar da barulheira que ele tem de suportar.
Fonte:http://br.noticias.yahoo.com/s/01042010/48/manchetes-acostumar-cao-excesso-barulho.html
Réveillon, final de campeonato, festa de São João... O ser humano é festeiro por natureza, e tudo é motivo - ou pretexto - para celebrações as mais espalhafatosas e barulhentas. Fogos de artifício podem ser bonitos e impressionantes; mas, se para muitos humanos o ruído dos fogos já incomoda, imagine para os peludos, cuja audição é bem mais sensível. Isso sem falar no medo que situações inusitadas e portentosas como foguetórios, buzinaços, obras na rua e trovoadas podem causar neles.
Quando sujeitos a fogos e trovoadas, cães costumam reagir, em maior ou menor grau, demonstrando medo de sair à rua no escuro, cavocando a terra ou os tapetes, arranhando portas e paredes, escondendo-se atrás ou debaixo de móveis, fugindo ou tentando fugir, tendo tremedeiras e salivações e até fazendo cocô e xixi onde estiverem.
Lembremos também que caninos pensam em termos associações. Por exemplo, o medo causado por fogos de artifício pode levar ao medo de pessoas manejando os fogos ou do quintal se é de lá que ele os vê e ouve com mais frequência, e o temor advindo dos trovões pode causar também medo dos relâmpagos que os antecedem.
Pois bem, aqui vai mais um de nossos guias gerais, para minimizar o susto e insegurança dos caninos frente a fogos de artifício, trovoadas e outras barulheiras - e também para evitar que a festa vire tragédia.
Vale prevenir
Mais que preparar o canino para a ocasião logo que sentir chuvão se aproximando ou pelo menos uma semana antes de Ano Novo, Copa do Mundo ou outras ocasiões de Grande Barulheira, o ideal é começar bem do começo, logo que o peludo nasce ou é admitido como novo morador.
Reserve um cantinho para ele se abrigar quando quiser, não necessariamente perto da caminha dele. (Por sinal já falamos em outro artigo sobre "bunkers" para cães medrosos.)
Na ocasião da chuva ou dita festividade, espalhe cobertores por toda a casa para ele se esconder; se ele for do tipo ativo, é bom ele ter mais de um esconderijo. Peças de roupa usadas pelo dono e não lavadas ajudam o peludo a sentir a lembrança do dono e se acalmar. Não se esqueça de calçar as portas, para que o vento, esbarrões ou algo assim não as faça se fecharem de repente e impedirem a passagem do bicho.
Não se esqueça de verificar se o portão está fechado: muitos caninos assustados com as luzes e barulho querem escapar do incômodo ou "perigo" e fogem pela primeira saída que encontram. O que não falta em abrigos são peludos que saíram pela porta da rua e acabaram "fugindo" de casa e se perdendo.
Se o peludo for de grande porte, ele pode até atravessar vidraças ou cavocar por baixo de cercas para escapar do barulho. E se ele for feroz, prenda-o na coleira para se assegurar de que ele não fugirá para a rua nem machucará alguém.
Se você quiser ir presenciar os fogos, não leve o canino, deixe-o sossegado em casa. Se for o caso, ligue o rádio, toca-CD ou televisão com programação a menos agitada possível, e em volume alto o suficiente para abafar fogos e trovões. Se o peludo precisar ficar sozinho, é bom também fechar as cortinas para evitar que a luz dos fogos ou relâmpagos invada o ambiente. E o ideal é que ele tenha esvaziando a bexiga pelo menos uma hora antes do começo da barulheira.
Acostumar o cão a tais ruídos, de preferência desde recém-nascido, também ajuda, colocando gravações de trovões, fogos e quetais para ele ouvir e ir se acostumando.
Acalmando o bicho
Já dissemos, e aqui vamos repetir, que não é bom tentar acalmar o canino com carinhos e frases do tipo "ah, tá com medinho do trovaozinho?", pois ele, associativo como ele só, pensará que ele está sendo premiado por ter medo.
Deixe- o se esconder onde quiser e, caso ele demonstre medo mas não queira fugir, dê-lhe atividades de que ele goste e que, estas sim, mereçam, prêmios quando cumpridas, como treinar comandos de obediência e brincar com bolinhas ou outros brinquedos.
Caninos que nunca tiveram medo de trovões ou rojões podem começar a ter na velhice, muitas vezes por ficarem mais sensíveis ou ranzinzas devido a reumatismos ou grandes ansiedades, como mudança de casa ou de dono.
Se o bicho demonstrar medo, indica-se a "dessensitização", da qual também já falamos, pela qual o estímulo negativo é transformado em positivo; as gravações de sons de trovões ou fogos que mencionamos serão úteis. Dar ao peludo florais de Bach pode ajudar a tranquilizar (convém, é claro, consultar o veterinário). Coletes do tipo "Thundershirt" também podem ser úteis, inclusive para as já citadas situações de ansiedade em geral.
Enfim, não podemos desligar fogos ou trovões, mas podemos minimizar seus efeitos negativos sobre os caninos. E muita gente boa que adora reclamar quando o cão late um pouco mais alto que o normal deveria se lembrar da barulheira que ele tem de suportar.
Fonte:http://br.noticias.yahoo.com/s/01042010/48/manchetes-acostumar-cao-excesso-barulho.html